Chama
Eu estava na sala de espera da fisioterapia, acompanhando minha avó, quando ouvi o recepcionista, um rapaz de seus vinte anos, descontraído e tranquilo, conversando com um paciente já senhorzinho que eu conhecia de vista, por ser muito simpático. O rapaz disse, em tom brincalhão: e aí, seu A., o senhor voltou a jogar futebol?
No que o senhorzinho respondeu, espontaneamente e bastante tranquilo, com tom de leveza e não de resignação: quando eu durmo eu sonho!
Risadas se seguiram.
Naquele momento, entendi que o sonho é aquela chama do fósforo riscado, ora forte, ora fraco quase se apagando, mas que volta e retorna e nunca se esvai.
Quero escrever sonhos bonitos.